Livro obrigatório para quem estuda ciência política, A Democracia na América se mantém como uma obra fundamental para a compreensão do poder e da grandeza dos Estados Unidos. Tocqueville escreveu essa sua obra-prima com apenas 30 anos, e ele demonstrou um profundo entendimento das leis e instituições americanas depois de apenas algum tempo vivendo na América. O resultado é um livro que prova que a liberdade, a busca pela igualdade, o respeito pelos magistrados e à lei e o estabelecimento de instituições democráticas, aliadas a uma constituição que é conhecida e respeitada pelo povo, podem produzir uma nação sem paralelo em qualquer época da humanidade.
Resenha de Lembranças de 1848, de Alexis de Tocqueville
Algumas das posições políticas que Tocqueville mantém durante sua carreira política e como ministro de relações exteriores são a defesa da República, a admiração pela aristocracia inglesa e sua repulsa por Napoleão III e a previsão de que ele restauraria uma monarquia deformada. Esse livro de memórias de Tocqueville é muito mais fácil de se entender e mais bem escrito do que o 18 Brumário de Luís Bonaparte, de Karl Marx.
Resenha de O Antigo Regime e a Revolução, de Tocqueville
Tocqueville é um dos meus autores favoritos, porque é conservador e tem uma linguagem muito clara. Já li muito sobre a revolução francesa, mas ainda ficava a dúvida sobre o que a motivou e as características do antigo regime que ela pretendeu abolir e que, no entanto, sobreviram à revolta. Tocqueville responde a essas dúvidas em algumas palavras: o que a revolução pretendia abolir era o feudalismo por seu ódio à Idade Média. Essa era a questão principal, pois outros motivos foram secundários como a tentativa de centralizar o poder em Paris e a guerra contra a igreja católica.