A humanidade dispõe de uma grande biblioteca com títulos que explicam o fim das grandes civilizações da Antiguidade, e mesmo no século XX, Oswald Spengler escreveu sobre a decadência do Ocidente. Mas como seria um livro sobre a progressiva perda de esperança e uma drástica queda da natalidade de uma nação contemporânea? Anne Allison, uma professora de antropologia cultural estadunidense, revela em seu livro Precarious Japan um cenário dramático para este país, que já foi uma potência militar agressiva, e que até duas décadas atrás era uma potência industrial em expansão. [Read more…]
Resenha de Uma Nova República, de John Lukacs
O historiador conservador norte-americano de origem húngara, John Lukacs, queria expor sua profunda convicção que os Estados Unidos caminham para uma sociedade dominada pela inflação, tanto do dinheiro como de palavras e publicidade, pela burocracia, pelo automóvel e o conservadorismo. Para quem já leu a obra de Tocqueville, A democracia na América, a compreensão do livro se torna mais fácil-até porque Lukacs começa seu livro pelo próprio Tocqueville. De uma nação que estava isolada e não tinha objetivos imperialistas, que acreditava nos ideais da democracia, de um ensino de qualidade para as crianças , de um funcionalismo público que não procurava privilégios e que era respeitado pela população, e era uma das nações com a maior taxa de casamentos e natalidade do mundo, os Estados Unidos sofreram uma profunda transformação no século XX em relação ao tempo em que Tocqueville escreveu sua magistral obra.
Resenha de A Democracia na América, de Alexis de Tocqueville
Livro obrigatório para quem estuda ciência política, A Democracia na América se mantém como uma obra fundamental para a compreensão do poder e da grandeza dos Estados Unidos. Tocqueville escreveu essa sua obra-prima com apenas 30 anos, e ele demonstrou um profundo entendimento das leis e instituições americanas depois de apenas algum tempo vivendo na América. O resultado é um livro que prova que a liberdade, a busca pela igualdade, o respeito pelos magistrados e à lei e o estabelecimento de instituições democráticas, aliadas a uma constituição que é conhecida e respeitada pelo povo, podem produzir uma nação sem paralelo em qualquer época da humanidade.