Em teus mares de águas violentas,
A antiga voz faz-se ouvir,
A partir das etéreas vestimentas,
Do sábio deus do mar em seu advir,
À nova Era da ocultação de Helena.
Pelo seu poder magnífico do controle do devir,
Metamorfoseando-se, sem compleição plena,
Aos não-iniciados, na Forma da Ideia,
Por sua configuração autógena,
Alcançando-o apenas em profunda apneia,
Como realizou Menelau, o rei sábio,
Após a vitória grega sobre Troia,
Em tempo anterior ao astrolábio,
Perdido nos mares do Antigo Egito,
Ansioso pelo novo conúbio,
Assim diz o poeta do helênico Mito.
Por sua mulher, pelo qual fez a guerra,
E com sua coragem obteve o êxito;
Agora, perdido em entranha terra,
Necessita reencontrar o caminho do retorno ao lar,
Guiando-se pelos mares da azul esfera,
Pois sabe que sua felicidade está em insular
Destino, como Odisseu o terá em Ítaca,
Após vinte anos em dificuldades perambular.
Proteus então aponta o caminho onde se destaca,
A estrela que põe-se a conduzir
O herói auxiliado pela divina graça,
Que em língua luso-brasileira ponho-me a traduzir,
Para com Helena, nas Ilhas Bem-Aventuradas,
A ordem dos deuses reproduzir.
Estas ilhas nada mais são do que as terras brasileiras,
Avistadas a partir da potência noética,
Do poder de expansão de Júpiter, ao qual pertence as Quintas-feiras,
Sendo real, e não hipotética,
Tal como eu vejo, do alto do farol do Templo de Capricórnio,
Descrevendo-a em imagem poética,
Localizado na cidade de Maricá onde, com fascínio,
Consigo ver o Rei e a Rainha, afinal,
Unirem-se em sagrado matrimônio.
Este poema de minha autoria faz parte da coletânea do Instituto Povo do Livro de Maricá a ser lançada na Feira Literária Internacional de Maricá (FLIM), que acontecerá entre os dias 19/09 até 01/10/2023.