Gramsci repete o mantra da utopia socialista: uma sociedade sem classes! Vejamos se isso é possível:
No capitalismo nós temos- O Presidente ( Rei ) ,a nobreza ( os ricos capitalistas) ,o clero( católico ou protestante) e os camponeses
No socialismo, que Gramsci não previu, nós temos- O ditador ( Lenin, Stalin, Mao, Pol Pot, etc), a nobreza ( o comissariado e os burocratas do comunismo), não temos clero ( foram fuzilados ou internados em hospitais psiquiátricos e em campos de concentração) e os camponeses.
Qual é a diferença entre o capitalismo e o socialismo? Não existem as mesmas classes? Tirando o clero,é claro, pois a fé comunista não admite outros deuses diante de si, é quase tudo igual . Gramsci, pelo menos nesse primeiro volume de seus escritos, não podia ainda perceber que a revolução não acabou com as classes, porque elas continuaram existindo.
O princípio defendido pelo teórico italiano de uma sociedade sem patrões não tem qualquer base histórica. Nos países capitalistas nós temos patrões, mas em um país comunista nós temos um super-patrão ( O Estado). É o mesmo princípio famoso do Non Serviam bíblico. Lutero recusava-se a reconhecer seus superiores nesse mundo por causa de seu orgulho. O mesmo acontece com o homem socialista. Gritam aos seus patrões ( superiores) não servirei!, dessa forma dizendo que somente reconhecerão um outro patrão, muito maior, mais injusto e contra o qual poucos podem se rebelar: O Estado.
Gramsci, assim como os liberais, tinha profunda aversão aos sindicatos, propondo substituí-los por um sinistro conselho de fábrica, onde o indivíduo é aniquilado para a submissão ao chefe do conselho. Tudo no socialismo proposto por Gramsci é a adoração ao Estado e ao coletivo, com uma subsequente desvalorização da personalidade individual.
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